Com 45 fabricantes nacionais, que respondem por 88% das vendas em volume, o mercado de suplementos esportivos acelerou em meio à pandemia, conquistando consumidores brasileiros mais atentos à sua imunidade. Porém, a alta do dólar e a dificuldade de acesso a insumos em nível global fizeram os preços triplicarem e estimulam um movimento de nacionalização.
Reportagem do Valor Econômico traçou um raio-x das empresas nacionais que dominam as vendas. A Integralmédica Suplementos Nutricionais, dona da marca Integralmédica, lidera o mercado, com 25% de participação, seguida pelo Grupo Supley, dono das marcas Probiótica e Max Titanium, com 11,1%. A ADS Laboratório Nutricional, que detém as linhas Atlhetica Nutrition e Best Whey, é a terceira maior do segmento, com uma fatia de 10,5%.
Para enfrentar a concorrência das três líderes, outros fabricantes se movimentam. É o caso da Glanbia Performance Nutrition (GPN), que reúne no portfólio marcas como Optimum Nutrition (ON), Isopure e BSN. Com um faturamento global na ordem de US$ 1,5 bilhões, a empresa acaba de anunciar uma parceria com a Grow Dietary Supplements (GDS), de Embu das Artes (SP). O objetivo é produzir no Brasil uma fórmula de whey protein exclusiva para o mercado local. A empresa optou por esse acordo depois de rever a meta de abrir cinco plantas no país e também na Argentina.
Em setembro, a Sooro Renner inaugurou uma planta fabril no Paraná para a produção de proteína do leite (whey), aumentando a sua capacidade de 120 para 220 toneladas por mês. O investimento foi de R$ 120 milhões.
Dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Suplementos Nutricionais e Alimentos para Fins Especiais (BRASNUTRI) atestam o potencial crescente desse setor. O ano deve terminar com R$ 2,5 bilhões de faturamento total, crescimento de 13,6% em relação a 2020. Já a Euromonitor International estima que o setor crescerá, em média, 9,6% ao ano até 2027, alcançando R$ 4,2 bilhões.
Fonte: Abre
Imagem: Freepik