Investimento da indústria farmacêutica é de R$ 737 mi em Minas Gerais

Até 2021, cinco empresas da indústria farmacêutica vão abrir unidades em Montes Claros, Poços de Caldas e Pouso Alegre, no estado de Minas Gerais

O investimento da indústria farmacêutica em Minas Gerais será alto e deve receber, até 2021, pelo menos cinco novos empreendimentos na área. A previsão é do aporte de R$ 737 milhões no Estado. Assim, gerando cerca de 2.800 empregos diretos. Os aportes serão feitos nas cidades de Montes Claros, no Norte do Estado, com duas unidades, Pouso Alegre, também com duas novas empresas, e Poços de Caldas, ambas no Sul.

Em Montes Claros, a Sanval, do grupo Hipolabor, vai abrir uma fábrica de comprimidos diversos (de antibióticos a antidepressivos). O investimento da indústria farmacêutica será de R$ 60 milhões e 200 empregos diretos serão criados até 2021. Além disso, o grupo vai ainda expandir uma unidade já instalada no parque industrial da cidade. Assim, concluindo o investimento de R$ 150 milhões até o fim deste ano. Com o investimento, serão criados 600 novos postos de trabalho.

Também na cidade do Norte de Minas, a Eurofarma vai consolidar um parque industrial de 150 mil m². Assim, aplicando R$ 149 milhões na economia local e criando 400 novos empregos nos próximos três anos.

Pouso Alegre também recebe duas empresas. São elas a Biolab, que investe R$ 400 milhões, com a geração de 800 postos de trabalho até 2021, e a Cimed, que confirmou nesta segunda-feira (26/08) com o governador do Estado, Romeu Zema, aportes de R$ 100 milhões na cidade e a previsão de 500 novos empregos no mesmo período. Além disso, ainda no Sul de Minas, em Poços de Caldas, a Myralis aplicará R$ 28 milhões até 2021. Assim, a Myralis empregará mil pessoas nos próximos três anos.

Projeto estratégico

De acordo com a Agência de Promoção de Investimento e Comércio Exterior de Minas Gerais (INDI), que é uma das articuladoras dos novos investimentos, a chegada das iniciativas faz parte de um projeto estratégico para a economia mineira, que viu no avanço do setor uma oportunidade para o Estado. A previsão do órgão é triplicar o faturamento anual do setor de R$ 3,18 bilhões, em 2018, para R$ 9 bilhões daqui a cinco anos. “O crescimento não é aleatório. Porém, parte de uma estratégia robusta, baseada em inteligência de mercado e parcerias entre governo e iniciativa privada”, explica o diretor do órgão, João Paulo Braga. Ele ressalta que os novos empreendimentos vêm em um cenário de aumento da competitividade do Estado para esse setor da indústria.

A percepção é compartilhada pelo presidente do grupo Hipolabor, Renato Alves. De acordo com o executivo, ancorar as empresas em Minas Gerais é um movimento estratégico e logístico. “Há boa malha aérea, o acesso logístico é fantástico e existe uma forte cultura industrial aqui”, conclui.

Em 2017, a receita líquida da indústria farmacêutica avançou 15,44% em Minas Gerais, quase cinco pontos percentuais acima da média nacional, de 10,61%, de acordo com um estudo produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgado pelo Indi. Além disso, a pesquisa demonstrou que o setor emprega cerca de 8.900 pessoas no Estado em mais de 90 empreendimentos.

Vantagens de Minas Gerais para a indústria farmacêutica

De acordo com o Indi, a região Norte de Minas vem se fortalecendo como pólo industrial. Isso acontece devido as vantagens tributárias e fiscais oferecidas para cidades que estão no escopo da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). Aliadas à facilidade logística do Sudeste do país, fatores como a redução de até 75% no Imposto de Renda aplicado a novos empreendimentos e possibilidade de isenção do ICMS têm atraído investidores.

Fonte: Guia da Farmácia
Imagem: Freepik.com

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